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Por Maria dos Santos / Portal EdiCase


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Cão-guia oferece autonomia às pessoas com deficiência visual (Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock)

No dia 24 de abril é celebrado o ‘Dia Internacional do Cão-Guia’, em homenagem ao papel dos pets na promoção de autonomia para pessoas com deficiência visual. Na data, também é ressaltado a importância do treinamento dos cães para exercer essa função, que não é nada simples e exige alguns cuidados.


Como é o treinamento do cão-guia ?


Segundo Marina Meireles, médica veterinária comportamentalista no Nouvet (centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo), o treinamento começa quando os cães são filhotes. “Eles são selecionados com base em suas características de temperamento, inteligência, obediência e disposição para o trabalho. Durante o processo, aprendem uma variedade de comandos, desde caminhar em linha reta até desviar de obstáculos e reconhecer sinais de trânsito. Após a conclusão do treinamento, os cães são cuidadosamente combinados com um usuário, considerando fatores como estilo de vida, personalidade e preferências”, esclarece a veterinária.


Habilidades ensinadas aos cães


Além dos comandos básicos, os cachorros são treinados para tomar decisões independentes, focadas em manter a segurança de seus tutores. Isso inclui avaliar quando é seguro atravessar uma rua, por exemplo, e agir para evitar perigos potenciais. Essa habilidade é essencial para garantir a autonomia das pessoas que dependem dos animais para se locomover em ambientes urbanos.


Não distrai o cão-guia


Neste contexto, por mais tentador que seja interagir com um cachorro na rua, é necessário respeitar o cão-guia e entender que ele está auxiliando o seu tutor. Por isso, a recomendação é não distraí-lo com carícias ou alimentos, não chamar sua atenção e não tentar guiá-lo sem ser solicitado. “Isso garante que o cão possa se concentrar em sua tarefa principal, que é ajudar a pessoa a chegar no seu destino”, alerta a veterinária.


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Cão-guia oferece aporte físico e aumenta a autoestima das pessoas com deficiência visual (Imagem: Motortion Films | Shutterstock)

Benefícios dos cão-guia para pessoas com deficiência


Ao oferecer apoio emocional, aumentando a confiança e a autoestima de seus parceiros humanos, o cão-guia também facilita a mobilidade, promove a inclusão e a igualdade. “Com uma grande responsabilidade, o papel desses pets na sociedade vai além da assistência física. Eles viabilizam que pessoas cegas ou com baixa visão vivam vidas plenas e produtivas, desafiando estereótipos e preconceitos, além de participar de atividades cotidianas e se integrar completamente à sociedade”, defende Marina Meireles.


O que acontece com o cão-guia quando ele se aposenta?


Quando atingem a idade de aposentadoria, que ocorre quando os cães têm entre oito e dez anos, ou apresentam problemas de saúde, eles podem ser retirados da função. Nesse momento, passam por um novo processo de adoção ou são realocados para programas de reabilitação. Assim, outros pets recebem treinamentos adequados para assumirem o papel de guia. Caso o tutor decida manter os dois companheiros, é preciso harmonizar a convivência para que ambos entendam seus novos papéis.





 
 
 
  • 23 de abr. de 2024
  • 6 min de leitura
“A ecologia sem luta de classes é apenas jardinagem”. Chico Mendes.

Novamente, estive em uma instituição para o abrigamento de pessoas com deficiência. Já visitei dezenas por todo o Brasil.

Sempre sou recebido por gestores e muitos voluntários, simpáticos e dedicados, que invariavelmente lamentam os parcos recursos com que são mantidas essas entidades, sempre por bazares, doações, jantares, eternas campanhas etc.

Normalmente, ignoram o SUS, o SUAS, ou qualquer outra política pública voltadas às pessoas com deficiência. Como se o cuidado a essas pessoas, com deficiências severas, fosse uma tarefa apenas de pessoas voluntárias amorosas, religiosas e dedicadas, e nunca uma obrigação da sociedade e do Estado.

Parece-me que ignoram mesmo as pessoas com deficiência e se preocupam, de verdade, com a gestão de suas instituições.

Visitei muitas delas entre os anos de 2006 e 2007, quando eu e Ana Rita de Paula produzimos o documentário Cenas da Exclusão – Pessoas com Deficiência em Instituições Totais. Você pode assistir neste link: https://vimeo.com/user9421513/cenas-da-exclusao?share=copy

Mais de dez anos depois, estive novamente em uma instituição total, já como secretário adjunto da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, durante o governo do então prefeito Fernando Haddad.

Fui a essa instituição para uma entrevista para a rádio que possuem. Claro que não fiquei aguardando minha vez na sala de espera, tomando cafezinho em copinho plástico. Sai para conhecer mais a instituição, conversar com pessoas. Quando estava no pátio, enorme e vazio, aproxima-se de mim um rapaz, de aproximadamente 30 anos, numa cadeira de rodas manual, que ele movimentava puxando com um dos pés.

Era um rapaz com paralisia cerebral. Ele ficou olhando para minha cadeira de rodas motorizada e disse: “Que cadeira bacana essa sua”.

Eu respondi que, realmente, era uma cadeira muito boa. Na época, eu tinha uma Invacare Kite, uma cadeira poderosa e muito bonita. Marca americana, montada na Alemanha, feita com peças que vão da Nova Zelândia ao Vietnã.

Ele me disse que também teve uma cadeira motorizada, mas que a direção da instituição não permitia que ele a utilizasse, alegando que, com ela, ele não faria exercícios.

Nunca me esquecerei desse rapaz e do que ele me disse, pois representa exatamente o que é morar em uma instituição total. Talvez, em um de seus aspectos menos dramáticos.

Diferentemente de grande parte das instituições de abrigamento de pessoas com deficiência, essa que visitei agora está numa região quase central da cidade de São Paulo, tanto é que fui andando em minha atual cadeira motorizada, uma Quantum Stretto. Também uma marca americana, fabricada toda nos EUA.

Cheguei meia hora mais cedo do que o agendado. (Abaixo, separadamente, contarei o que me aconteceu nessa meia hora em que passeei lá por perto.)

Ao chegar à instituição, entrando pela lateral - pois a entrada principal não é acessível - encontrei uma moça, uns 30 anos, bonita e simpática, uma das 46 internas dessa instituição. Estava com a mãe, uma das poucas que mantêm relações familiares (a maioria não tem).

Fiquei conversando um pouco com ela enquanto a minha anfitriã não chegava. A moça tinha olhos grandes, curiosos, que não desgrudaram um segundo de mim. Ela não falava, mas me pareceu entender o que eu dizia. Tinha os cabelos tingidos de rosa.


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, estou eu ao lado da moça que encontrei logo ao chegar. Ela está numa cadeira de rodas com uma mesinha vermelha, sobre a mesa alguns objetos, que a mãe carregava e colocou na mesa para a nossa foto. Ela tem os cabelos tingidos de rosa. Eu estou com uma camisa verde, com um colar pequeno prateado e dourado, óculos, tenho barba branca e cabelo raspado.

Estava um dia muito bonito, ensolarado.

Minha anfitriã chegou e entramos para a visita.

Logo fomos para a oficina ortopédica. Uma coisa curiosa: ao chegar à oficina de cadeiras de rodas e talas, um rapaz, com um jeito inteligente e curioso, me foi apresentado. Era o técnico da oficina. A voluntária que me acompanhava me contou, cheia de orgulho, que ele, na verdade era auxiliar de limpeza, mas que, graças à sua curiosidade e talento, hoje é o responsável técnico pela oficina. Mas, formalmente, continua sendo auxiliar de limpeza...

Tenho certeza de que esse rapaz “voaria” no campo das tecnologias assistivas, estudando, recebendo o apoio e os estímulos necessários.


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, fila de cadeiras de rodas próprias para a utilização por pessoas com paralisia cerebral: encostos e assentos altos e grossos, apoios laterais grandes e rodas traseiras pequenas, o que impedem que sejam tocadas pelo usuário; com inclinação para que o usuário fique semideitado.

Alguns fisioterapeutas com quem conversei, chamam os internos de “abrigados”, mas a voluntária-anfitriã e outros funcionários - cozinheiras e cuidadores - os chamam “crianças”.

Em vários dos quartos – que são pequenos pavilhões, com seis ou oito camas, ou leitos - pude observar bonecas e outros brinquedos.

Mas, não havia nenhuma criança!

A instituição também atende pessoas com deficiência que não estejam internadas ali, filantropicamente. Havia uma menininha, muito linda, de uns cinco anos, com paralisia cerebral, fazendo fisioterapia. Ela andava, era bem esperta e brincalhona. Fiquei me perguntando se não seria melhor ela “apenas” brincar. A fisioterapeuta a segurava para que ela não fugisse dos equipamentos e exercícios.

Conversei, mais pausadamente, com duas fisioterapeutas que atendiam dois jovens – esses, sim, com limitações mais severas, e perguntei o porquê de eles, assim como praticamente todos os moradores, utilizarem talas nos pés e muitos também nas mãos.

Elas me explicaram que esse é um cuidado absolutamente necessário para evitar a deformação desses membros e que esses dispositivos, tanto os dos pés como das mãos, são colocados nos moradores durante 20 horas por dia. Todos os dias!

Perguntei a elas qual seria o problema se esses pés e mãos ficassem deformados e qual era o entendimento de deformação que elas utilizavam. Não souberam me explicar. Se entreolharam, mas acho que ficou uma sementinha na cabeça delas.

Passar a vida com essas talas, deve ser terrível!

Entre todas as pessoas moradoras que vi por lá, apenas uma “tocava” a própria cadeira de rodas. Não havia nenhuma cadeira de rodas motorizada.

Perguntei, também, para uma técnica, sobre o uso de pranchas de comunicação, pois vi uma em cima de uma mesa, que me pareceu bem primária, com desenhos de bichinhos fofinhos e tal. E perguntei sobre pranchas digitais, tablets e outros. As explicações foram tão rasas e sempre reforçando e reiterando a incapacidade das pessoas, que pensei, o que estão fazendo as faculdades de fisioterapia no que tange à formação desses profissionais na atenção às pessoas com deficiências?


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, um quarto gradeado, com uma pessoa deitada num EVA em posição fetal. O quarto é impecavelmente limpo. Não é possível ver o rosto da pessoa.
LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, um quarto gradeado, com uma pessoa deitada num EVA em posição fetal. O quarto é impecavelmente limpo. Não é possível ver o rosto da pessoa.


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, um berço para adultos com grades bem altas, creio que com mais de um metro de altura.


Observo, em vários momentos, a limpeza desses ambientes, pois, para o senso comum, isso é um enorme sinal de qualidade no atendimento. Sim, é bom ambientes limpos, mas a condição de vida dessas pessoas é o que verdadeiramente importa.

Continuando, visitamos vários quartos e acomodações, tudo muito limpo e arrumadinho. Camas/berço, algumas com grades bem altas, tipo um metro de altura, ou mais, se transformando em verdadeiras “gaiolas”.

Duas coisas muito chocantes me tocaram muito: uma pessoa encarcerada e “bonitas” celas de vidro.



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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, um quarto com cerca de um terço dele fechado por grades. O piso brilha de limpeza.


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: foto mais distante, do mesmo quarto com uma parte gradeada.

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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, uma cela de vidro vazia, no quintal, onde as pessoas tomam banho de sol.


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: foto mostra, de outro ângulo, a mesma cela de vidro.


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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, cena típica de todas as instituições em que estive: os internos estão colocados lado a lado, um ao lado do outro, impossibilitando que conversem, que troquem olhares, ou simplesmente que vejam uns aos outros. Os rostos das pessoas estão borrados.



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LEGENDA #PARATODOSVEREM: na foto, uma moça na cadeira de rodas que tem uma mesinha de madeira. O braço direito amarrado com uma fita de velcro. Ela tem o rosto borrado na foto. Ela foi uma das poucas com quem conversei. Ela perguntou sobre mim, o que estava fazendo lá e eu perguntei sobre ela. Moradora há 40 anos na instituição!


Quando já estava indo embora, era a hora do almoço. Vários funcionários estavam presentes para dar almoço aos internos. Segundo uma dessas auxiliares, nenhum come sozinho. E muitos deles comem apenas papa. Ano após ano, todos os dias, comendo papa.

Uma parte da instituição, no subsolo, não visitei, não fui convidado. É onde moram as pessoas que utilizam dieta paraenteral.

Sempre que saio de uma visita como essa, fica na minha lembrança uma ou duas pessoas em especial. Em cada uma das instituições que visitei, tenho lembranças de algumas pessoas.

Quando vou embora, sinto como se as tivesse abandonando. Nunca voltei para reencontrar qualquer uma dessas pessoas.

Estive em uma instituição, há muitos anos, no bairro do Tatuapé, aqui na cidade de São Paulo, que era apenas para moças. Senti muito carinho por uma delas, tipo “o santo bateu”. Como se aquele fosse o encontro de uma grande amizade. Nunca a esquecerei. Mas nunca voltei para visitá-la. Faltou-me coragem.


“A luta pela conquista de direitos das pessoas com deficiência, sem a luta pela libertação das pessoas institucionalizadas, é apenas jardinagem”. Tuca Munhoz

Rua Boracea


E agora vou contar sobre o Lino, um cara que conheci antes de chegar à instituição do relato acima.

Como disse, cheguei cedo, fui andando e com receio de atrasar, saí mais cedo do que o necessário.

Ao passear pelo bairro, cheguei à Rua Boracea, onde foi criado, na gestão da prefeita Marta Suplicy, pela então Secretária da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, Aldaíza Sposati, um grande centro para o atendimento às pessoas em situação de rua, chamado Centro de Acolhida Boracea. Quando inaugurado, o nome era outro, mas também com o nome da rua, Boracea.

Bem, estava por lá e cruzei com outro cara em cadeira de rodas motorizada, o Lino. Uma cadeira motorizada, bem simples, do SUS. Com um monte de sacolas penduradas. Ele me disse que carrega sua casa na cadeira.

O Lino é um cara gordo, preto e com um monte de problemas de saúde, conforme me relatou. Ele mora lá no Boracea, num setor que abriga pessoas em situação de rua, sem condições de saúde para viver na rua.

Ele tinha um apito pendurado no pescoço, mas não quis me falar qual a utilidade do apito.

Um cara sofrido, mas, bem humorado, demos boas risadas no pouco tempo em que ficamos juntos.

Trocamos impressões sobre cadeiras de rodas motorizadas, deficiência, saúde e baterias de cadeiras motorizadas - claro que este é um assunto recorrente entre todos os que usam cadeiras motorizadas.

Deixei meu número de telefone para ele, mas, infelizmente, até agora ele não entrou em contato.


Tuca Munhoz

Em São Paulo, abril de 2024.

 
 
 

Campos é autor de dois volumes, um deles com lançamento previsto para este mês


Redação GQ


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Fernando Campos, autor de 'O tesouro das diferenças' e 'Enxergando além do Atlântico' — Foto: Marco Brozzo

O influenciador e jornalista Fernando Campos está para lançar seu segundo livro, O tesouro das diferenças (Editora Letramento), coletânea de contos para crianças, sobre quatro personagens que convivem com diferentes deficiências. O prefácio é escrito por Ivete Sangalo, e é possível encontrá-lo em pré-venda, com lançamento previsto para o próximo dia 23 em Natal, no Rio Grande do Norte, e 25 em São Paulo, capital.


"Eu comecei contando histórias para o meu sobrinho, normal, o que toda criança escuta. E aí comecei a pensar que eu precisava dar um jeito de trazer diversidade para as historinhas. Acho que esse é um momento que a gente já pode começar, de uma forma lúdica, a falar sobre as diferenças, a falar que as pessoas são diversas", diz Fernando à GQ Brasil, sobre seu processo criativo. "Quando me dei conta, eu tinha o livro pronto", ri.


O influenciador é também autor de Enxergando além do Atlântico, de 2021, um relato do período em que viveu na Inglaterra. "Todos os perrengues e aventuras de um jovem cego morando sozinho em outro país estão nas páginas deste livro", resume. Abaixo uma relação de leituras essenciais segundo Fernando Campos:


Na dúvida, escolha ser feliz - Pequena Lo


"É o livro que conta a trajetória dela, conta um pouco de seu caminho, desde Araxá até ela se tornar a maior influenciadora PCD do Brasil. Pequena Lo é um farol para todos nós que somos influenciadores com deficiência. A gente admira, se espelha. E ao ler o livro dela, eu terminei achando a escrita dela muito parecida com a minha em 'Enxergando Além do Atlântico' - tem humor, tem um pouco de ironia, é divertido e emociona também. Então é um livro que é gostoso de ler. Você lê rapidinho, é pequeno, mas é cheio de ensinamentos de aprendizados."


Salvo pelos meus anjos da guarda - Sharon Peters


"É talvez o livro mais pesado que eu estou trazendo, mas vale muito a leitura, porque retrata a realidade de muitas pessoas que viveram o Holocausto e que sobreviveram a ele. Conta a história de um rapaz que foi arrastado para o campo de concentração, que viveu barbaridades lá e que terminou se tornando pessoa com deficiência visual dentro do campo. Lá ele viveu muitos tormentos - alguns deles provocados por cachorros, por pastores alemães. Então ele adquiriu uma grande revolta. Contra os cachorros, e depois a vida, após ele ter sobrevivido ao campo de concentração."


Adorável heroína - Michael Hickson e Susy Flory


"Narra o atentado do 11 de setembro pela ótica de um homem cego, desde o momento em que ele percebeu o que estava acontecendo até quando ele sai da torre e encontra a sua família. Ele foi guiado por seu cão-guia, a Roselle. Ela salvou também outras pessoas que estavam com eles. É um relato de um fato real, mas você lê com a empolgação de um romance. Você sente frio na barriga, sente medo por eles. E é muito emocionante também. É empolgante de ler."


Minha vida com Boris - Thays Martinez


"Esse livro, conta a história de uma advogada que foi proibida de entrar no metrô de São Paulo acompanhada do seu cão-guia. E aí toda a luta judicial que ela passou. Junto a isso, toda a adaptação dela com o cão-guia. É um livro também bem bonito de se acompanhar."


Toda a luz que nós não podemos ver - Anthony Doerr


"Ele virou uma série na Netflix. É um romance, e achei importante trazê-lo para essa lista porque a gente tem uma carência muito grande de personagens com deficiência em romances, principalmente na posição de protagonista."

"A gente vai acompanhar as histórias de Marrie, uma garota francesa cega, e Wener que é um garoto alemão sem deficiência, de forma paralela. Mas elas vão se cruzando aos poucos. A narrativa é em terceira pessoa, mas o escritor tem uma forma bem intrigante de conduzí-la. Não é uma narrativa muito linear. Vai para o início, vai para o final, volta para o início. É interessante de ler."


Extraordinário - R. J. Palacio


"É um livro que virou filme. Ele tem muitas camadas, é muito profundo, porque relata a história de August Pullman, uma criança que tem malformação facial, e todas as inseguranças, todas as incertezas dele e de todas as pessoas que estão à sua volta."

"O livro é narrado pelo ponto de vista da criança e também pelo ponto de vista da mãe, do pai, da irmã dele, do melhor amigo que ele faz na escola e da melhor amiga da irmã. Então, você consegue mergulhar no universo mental e psicológico de todos esses personagens. E eu, como uma pessoa com deficiência, que fui uma criança com deficiência, que também enfrentei inseguranças, não pude deixar de me identificar em alguns momentos, de me emocionar em outros."

"É um livro que é forte, é muito potente, mas ele tem uma mensagem muito poderosa de aceitação, de inclusão, de união. É impossível a gente não se emocionar e se encher de lágrimas, mas não por tristeza. É por alegria, eu diria. É muito bonito."


 
 
 

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