top of page

Intérpretes viralizaram nas primeiras noites dos festejos na Orla, mostrando que o São João é para todos


Por: F5 News (Daniel Soares)

Foto do arquivo pessoal
Foto do arquivo pessoal

Na terra do forró, a inclusão também entra na dança. O grupo de intérpretes de Libras que atua no Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, em Aracaju, tem encantado o público e viralizado nas redes sociais desde os primeiros dias dos festejos juninos. Com muita expressão corporal, ritmo e emoção, eles mostram que o São João é, de fato, para todos — inclusive para quem ouve com os olhos.


Todas as noites, dois grupos se revezam na festa: um realiza a interpretação no palco principal, ao lado dos artistas, e o outro atua no Camarote da Acessibilidade, garantindo que o público surdo compreenda e participe das apresentações musicais em tempo real. Cada grupo é composto por seis intérpretes ouvintes, trabalhando quatro por noite – sempre com um consultor surdo junto.


O Portal F5 News conversou com os intérpretes que estão levando a Libras para o coração do forró sergipano. Entre eles está Rubivânia Andrade, que nasceu surda e hoje atua como intérprete profissional. Para ela, estar no palco de um dos maiores festejos populares do estado representa uma conquista pessoal e coletiva.


"Sempre foi um sonho trabalhar com essa área da arte. Eu fico feliz. Mas eu fico lembrando das angústias que passei até esse momento. Me perguntava cadê o intérprete? Até chegar esse momento, em 2025, da gente poder ver as entrevistas, o surdo no palco, a clareza. Muito feliz de ver tudo o que está acontecendo", afirmou Rubivânia.


Vários vídeos do grupo viralizaram nas redes e o intérprete Adriano Ruan estava em um dos que mais repercutiu. Atuando nesta área há 12 anos - sendo cinco deles na interpretação artística, ele diz que essa repercussão é mais do que uma celebração do trabalho deles é uma vitória da comunidade surda.


"Nosso objetivo é, realmente, trazer a acessibilidade, fazer com que a comunidade surda esteja presente. Mas se o nosso vídeo também está sendo divulgado, isso significa que a Libras também está sendo divulgada, a comunidade surda sendo valorizada e isso que é o nosso objetivo, na verdade", comenta Adriano. 


Ele também fez questão de destacar que o uso da dança e da expressão corporal nas interpretações não é um “exagero” ou uma “performance”, como alguns comentários nas redes sugeriram. Trata-se de uma parte essencial da linguagem visual.


"O surdo está vendo o cantor, todo mundo dançando, ele quer ver algo semelhante também, algo à altura. Então, a expressão corporal, a dança, a coreografia, a libras, tudo isso faz parte de uma comunicação clara para o surdo se sentir realmente presente nesse local", completa o intérprete.

A intérprete Micaela Barreto, com 10 anos de experiência, explica que a área artística na Libras é relativamente nova. E nesse contexto, a pandemia acabou contribuindo para o seu desenvolvimento com as lives musicais que foram realizadas naquele período. Para ela, ver o desenvolvimento deste tipo de interpretação é motivo de muito orgulho.


"O deficiente não está ouvindo o que o cantor está cantando ali, mas está vendo a música que interpretamos. É um trabalho emocionante. Porque, realmente, são os olhos que ouvem. E lá, a gente consegue ver a pessoa ouvindo com os olhos dela, e tendo o mesmo direito que todo mundo tem", finaliza. 


Com cada gesto, cada sorriso e cada passo de forró no pé, os intérpretes do Arraiá do Povo mostram que acessibilidade também é cultura, arte e pertencimento. E que no São João sergipano, ninguém fica de fora da festa.

 
 
 

Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência propôs orientações para organizadores dos eventos presenciais


Por: Secretaria-Geral (Governo Brasileiro)

Por: Secretaria Geral do Governo Brasileiro
Por: Secretaria Geral do Governo Brasileiro

Como garantir acessibilidade para todas as pessoas com deficiência em eventos presenciais como as conferências nacionais que acontecem em Brasília (DF)? A Secretaria Nacional de Participação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República promoveu uma reunião com secretários e secretárias executivos dos conselhos e representantes dos ministérios, nesta quinta-feira (22), para esclarecer como garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência.


A Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Anna Paula Feminella, apresentou uma série de recomendações salientando que a garantia de acessibilidade deve começar no planejamento das conferências nacionais que reúnem milhares de pessoas de um público diverso.


Feminella disse que o número de pessoas com deficiência vistas na sociedade não reflete a população com deficiências porque grande parte está “encarcerada no preconceito” e não sai às ruas. E chamou atenção para que os eventos promovidos pelo governo federal considerem a necessidade real de acessibilidade. “A chave da inclusão é a convivência”, ressaltou.


A secretária explicou que a falta de visibilidade inviabiliza a conquista de direitos e só é possível formular o atendimento às necessidades prevendo as deficiências, realizando um levantamento anterior com os participantes. Também é fundamental a acessibilidade anticapacitista. As conferências, ambientes de participação social, precisam criar os espaços para as pessoas com todas as deficiências. “É preciso que a pessoa com deficiência tenha participação social”, afirmou.


Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a acessibilidade não se limita a dar acesso para cadeirantes, linguagem de libras e audiodescrição. A secretária recomendou que as conferências nacionais façam o planejamento, incluindo orçamento para acessibilidade, para garantir instrumentos na recepção, no cerimonial e no auditório, sanitários acessíveis, hospedagem acessível, alimentação e transporte acessíveis, equipamentos e pessoal de emergência e atendimento médico.


A atividade faz parte das recomendações do Grupo Técnico de Trabalho de Conselhos e Conferências, realizado em 2024, para aprimoramento das instâncias de participação social. O relatório do GTT destaca a necessidade de assessoria técnica específica para viabilizar acessibilidade com ações adotadas ao longo das etapas de preparação das conferências.


Na reunião, os representantes das conferências e dos ministérios acompanharam uma apresentação sobre novas funcionalidades da plataforma Brasil Participativo que estão em fase de construção. Será aberto um espaço para colegiados e processos participativos com histórico, composição, competências, legislação, documentos e agenda.


Os participantes também receberam informações sobre o curso de formação para conselheiros que será promovido pela Secretaria Nacional de Participação Social.



 
 
 

Candidatos devem enviar documentação à Página do Participante


Por: Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil


Fonte: Portal Gov
Fonte: Portal Gov

Os interessados em participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 que necessitam de atendimento especializado nos dois dias de provas devem fazer a solicitação no momento da inscrição ao teste deste ano.


As inscrições para o exame de 2025 estão abertas desde 26 de maio, vão até 6 de junho e devem ser feitas na Página do Participante.



Quem tem direito

Conforme o edital do Enem 2025, o estudante que necessitar de atendimento especializado deverá, no ato da inscrição, informar a condição que motiva a solicitação, entre as quais estão: baixa visão; cegueira; visão monocular; deficiência física; deficiência auditiva; surdez; deficiência intelectual; surdez-cegueira; dislexia; déficit de atenção; transtorno do espectro autista; discalculia; diabetes; gestante; lactante; idoso; estudante em classe hospitalar ou outra condição específica.


Para os casos de atendimento especializado, é necessário enviar a documentação que comprove a condição que motiva o pedido, por meio da Página do Participante.


O documento deve ser legível e estar em língua portuguesa. Para ser considerado válido para análise, o documento precisa conter nome completo do participante; diagnóstico com a descrição da condição que motivou a solicitação e/ou o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10); além de assinatura e identificação do profissional competente, com respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), no Ministério da Saúde (RMS) ou em órgão.


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação das provas do Enem, explica que o participante que teve a documentação aprovada nas edições de 2021 a 2024 não precisará anexá-los novamente, caso a solicitação de atendimento seja a mesma em 2025.


A exceção são os casos de lactantes e de atendimento em classe hospitalar. Na última situação, o estudante deve incluir a declaração do hospital em que estiver internado para tratamento de saúde, informando a disponibilidade de instalações adequadas para a aplicação das provas.Recursos de acessibilidade


O participante que solicitar atendimento poderá contar, por exemplo, com provas em braile; dispor de sala individual; mobiliário com dimensões adequadas para o manuseio da prova; tempo adicional; leitor de tela; prova ampliada; prova superampliada, além de guia-intérprete.


Durante as provas, também é permitido usar material próprio, o que inclui máquina de escrever em braile; óculos especiais; bolsa de colostomia, medidor de glicose e bomba de insulina. Todos os recursos autorizados podem ser conferidos no edital do Enem.


As regras do exame determinam que os recursos serão vistoriados pelo chefe de sala onde os participantes terão as provas aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro.



Lactante

A participante que solicitar atendimento para lactante deverá, nos dois dias de provas, levar um acompanhante adulto, que ficará em sala reservada e será responsável pela guarda do lactente. Isso significa que a mulher não poderá ter acesso à sala de provas acompanhada da criança.


O acompanhante da lactante não poderá ter acesso à sala de provas e deverá ser submetido à revista eletrônica por meio do uso do detector de metais. Durante a aplicação das provas, qualquer contato entre a lactante e o acompanhante deverá ser presenciado por um fiscal.



Exame

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame é considerado a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

 
 
 

Observatório Deficiência
Faculdade de Ciências de Saúde
Universidade de Brasília - UnB Campus Universitário Darcy Ribeiro
Asa Norte, Brasília-DF Brasil
CEP: 70.910-900
E- mail observatoriodeficienciaunb@gmail.com 

  • Instagram
  • Youtube
Logotipo vertical do projeto, composto pelas letras O e D em cima do nome Observatório Deficiência.
bottom of page