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Por: Cenarium*

Foto reproduzida da assessoria Cenarium
Foto reproduzida da assessoria Cenarium

O projeto foi iniciado neste mês e é realizado pela artista visual Hadna Abreu, o músico e neuropsicopedagogo Abner Viana, e o produtor executivo Pablo Araújo.


MANAUS (AM) – Promover a expressão criativa por meio de pinturas inspiradas em paisagens da floresta amazônica e contribuir para a autoestima e o desenvolvimento emocional é a proposta do projeto “Floresta em Cores: arte inclusiva com pigmentos naturais da Amazônia”. A iniciativa beneficia crianças e adolescentes da Escola Estadual Manoel Marçal – Educação Especial, que atende alunos neurodivergentes em Manaus (AM).


O projeto foi iniciado neste mês e é realizado pela artista visual Hadna Abreu, o músico e neuropsicopedagogo Abner Viana, e o produtor executivo Pablo Araújo. Além disso, tem parceria com o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), por meio do Espaço Curupira, que busca promover a inclusão e acessibilidade para Pessoas com Deficiência (PcD).


Projeto “Floresta em Cores: arte inclusiva com pigmentos naturais da Amazônia” (Reprodução/Assessoria Cenarium)
Projeto “Floresta em Cores: arte inclusiva com pigmentos naturais da Amazônia” (Reprodução/Assessoria Cenarium)

A iniciativa terá duração de três meses, período em que serão realizadas atividades lúdicas com foco em pintura para 100 crianças e adolescentes, com idades entre sete e 16 anos, todos com algum grau de neurodivergência. A referência para o desenvolvimento das obras será as paisagens, rios e árvores da floresta amazônica, com o uso de tintas orgânicas, não tóxicas e que simulam a vibrante biodiversidade regional, ressaltando a importância da conservação ambiental.


“Estou com muita expectativa para este trabalho. Ele traz dois mundos sensíveis. O primeiro é a floresta, e nós moramos no maior bioma do mundo: a Amazônia. O segundo, o dos PcDs, em sua maioria crianças autistas. Então, eles vão se cruzando de uma forma poética e cuidadosa, respeitando os limites de cada parte. Isso me deixa muito feliz de estar participando”, afirma Hadna Abreu, responsável pelo desenvolvimento e condução das atividades.


As oficinas de produção das tintas orgânicas ocorrerão a partir de técnicas tradicionais e sustentáveis (Reprodução/Assessoria Cenarium)
As oficinas de produção das tintas orgânicas ocorrerão a partir de técnicas tradicionais e sustentáveis (Reprodução/Assessoria Cenarium)
“O projeto visa não apenas o desenvolvimento das habilidades artísticas dos alunos, mas também o crescimento emocional e social. A pintura oferece um meio poderoso para que os alunos se conectem com suas emoções e se expressem de maneira não verbal. […]. Ademais, o trabalho em grupo e a exposição das obras criadas fortalecerão o sentimento de pertencimento e autoestima, enquanto os alunos compartilham suas experiências e realizações com seus colegas e familiares”, complementa a professora.

Inicialmente, as oficinas de produção das tintas orgânicas ocorrerão a partir de técnicas tradicionais e sustentáveis, como fervura, maceração e trituração de folhas, frutos, sementes e solos. O momento será propício para conscientização ambiental e o incentivo à conexão com a natureza por meio da arte. Depois disso, nas sessões de pintura, os alunos terão a oportunidade de criar obras inspiradas em paisagens, árvores e rios da região.


Acessibilidade é um ponto-chave do projeto. Haverá adaptabilidade de técnicas de pintura, ferramentas e métodos de aplicação conforme as habilidades motoras de cada aluno, e contará com apoio de assistentes educacionais para que os estudantes expressem sua criatividade da melhor forma possível. “Isso garante que todos os participantes possam explorar a pintura de forma significativa e envolvente”, explica a artista visual.


Cláudia Figueiredo, professora da Escola Manuel Marçal, fala sobre o primeiro dia dos alunos em contato com os elementos da natureza. “O sensorial foi muito importante para nossas crianças. Elas sentiram um pouco do sensorial das texturas, das cores, do cheiro das plantas que foram trazidas para dentro da nossa escola, e fizeram várias pinturas. Elas gostaram muito dessa experiência”, conta a educadora.


Além disso, todos os momentos serão monitorados e orientados por Abner Viana, músico e psicopedagogo, visando uma melhor vivência artística. Ele compartilha um pouco mais sobre o primeiro dia de projeto.


“Tivemos uma interação super diversificada e criativa. Constatamos vários talentos entre os alunos, a interação entre a sensibilidade e os elementos da natureza – tintas, cores, texturas. Isso foi muito gratificante para nós, do projeto, estarmos conferindo e participando de ações como essa, que só tem a trazer enriquecimento emocional. Além de valorizar a produção de cada criança, de cada aluno, dentro da educação especial”, explica.


Sobre o projeto

O projeto “Floresta em Cores: arte inclusiva com pigmentos naturais da Amazônia” é contemplado pelo Edital nº 002/2024, da Prefeitura Municipal de Manaus, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).


(*) Com informações da Assessoria


 
 
 

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania destaca que informações são fundamentais para fortalecer políticas públicas


Por: Governo Federal, Brasil


Foto: Felipe Beltrame/SNDPD/MDHC
Foto: Felipe Beltrame/SNDPD/MDHC

Dados sobre pessoas com autismo foram divulgados de forma inédita, informações são parte de dados preliminares da amostra do Censo Demográfico de 2022, divulgados na sexta-feira.


Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 7,3% da população com dois anos ou mais. Além disso, foram identificadas 2,4 milhões de pessoas com autismo, dados coletados pela primeira vez. As informações são parte de dados preliminares da amostra do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (23).


A apresentação dos números sobre autismo foi feita separadamente em cumprimento à Lei 13.861/2019, que determina a inclusão de informações que tratam do tema nos censos demográficos. Entretanto, pessoas com deficiência psicossocial e outros tipos de deficiência continuam sendo contabilizadas na categoria geral de pessoas com deficiência.


A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (SNDPD/MDHC), Anna Paula Feminella, ressaltou que a divulgação dessas informações é fundamental para permitir que o Estado aprimore suas ações para a garantia de direitos. “Os números são importantes para que possamos desenvolver políticas públicas mais direcionadas a esse segmento da população, que historicamente tem sido invisibilizado devido às múltiplas barreiras enfrentadas na sociedade — sejam elas arquitetônicas, urbanísticas ou comunicacionais. Embora sejam dados iniciais, eles servem como referência para qualificar as políticas públicas, fortalecer o controle social e ampliar a visibilidade das pessoas com deficiência no âmbito legislativo e governamental", frisou.


A publicação “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – Resultados Preliminares da Amostra” foi apresentada ao público durante um evento realizado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio Grande do Norte, em Natal (RN).


Os dados do Censo também revelam que os nove estados da região Nordeste apresentaram percentuais de pessoas com deficiência superiores à média nacional, que é de 7,3% entre os 14,4 milhões de brasileiros que declararam algum tipo de deficiência — número que, neste caso, não inclui os diagnósticos de autismo, considerados separadamente na pesquisa. Alagoas liderava com 9,6%, seguido por Piauí (9,3%) e pelos estados do Ceará e Pernambuco, ambos com 8,9%.


O diretor dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD/MDHC), Andrei Suarez Dillon Soares, destacou ações essenciais da pasta que têm sido implementadas nos estados. “O Ministério dos Direitos Humanos já executou pilotos da avaliação biopsicossocial da deficiência no Piauí e na Bahia, sendo que os estados da região também respondem pela maior parte das adesões ao Plano Viver sem Limite", destaca.



Acesso à educação


No Brasil, o acesso à educação ainda é marcado por desigualdades significativas para as pessoas com deficiência. Entre aquelas com 25 anos ou mais, 63,1% não completaram o ensino fundamental — quase o dobro da proporção observada entre as pessoas sem deficiência (32,3%). Além disso apenas 7,4% das pessoas com deficiência concluíram o ensino superior, frente a 19,5% entre as pessoas sem deficiência.


Considerando a conclusão da educação básica obrigatória (pelo menos o ensino médio), os dados também revelam outra disparidade: apenas 25,2% das pessoas com deficiência alcançaram esse nível, enquanto entre as pessoas sem deficiência esse percentual mais do que dobra, chegando a 53,4%.


A diferença de acesso entre mulheres e homens também varia conforme o marcador da deficiência. Entre as pessoas sem deficiência, 56,4% das mulheres e 50,1% dos homens completaram a educação básica, uma diferença de 6,3 pontos percentuais. Já entre as pessoas com deficiência, 26,2% das mulheres e 23,7% dos homens atingiram esse nível, uma diferença menor, de 2,5 pontos percentuais.



Autismo


O Censo 2022 trouxe, pela primeira vez, dados sobre pessoas com autismo, a partir de um quesito incluído no questionário da amostra. Nele, o informante do domicílio indicava se algum morador havia recebido diagnóstico de autismo por um profissional de saúde. Os resultados revelaram que 2,4 milhões de pessoas declararam ter recebido esse diagnóstico. A prevalência foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%), o que corresponde a 1,4 milhão de homens e 1 milhão de mulheres.


A maior proporção de diagnósticos foi observada na faixa etária de 5 a 9 anos, com 2,6% das crianças identificadas com TEA. Em termos regionais, as variações não foram grandes: o Centro-Oeste apresentou a menor taxa, com 1,1% da população diagnosticada, enquanto as demais regiões registraram 1,2%. Em números absolutos, o Sudeste concentrava a maior quantidade de pessoas diagnosticadas (pouco mais de 1 milhão), seguido pelo Nordeste (633 mil), Sul (348,4 mil), Norte (202 mil) e Centro-Oeste (180 mil).


Anna Paula Feminella frisa que a coleta inédita de dados sobre autismo reafirma o compromisso da União com a pauta. "Ao apresentar esses dados inéditos, o governo federal reafirma seu compromisso com a inclusão e a visibilidade das pessoas com deficiência e das pessoas autistas em todo o território nacional", afirma.


Texto: T.A.

Edição: L.M.

Atendimento exclusivo à imprensa:

Assessoria de Comunicação Social do MDHC

 
 
 

Evento é pioneiro no mundo em ter como tema central a inclusão e acessibilidade na moda


Por: Midiamax (Monique Faria)

Desfiles da primeira Semana de Moda Inclusiva (Reprodução, Instagram)
Desfiles da primeira Semana de Moda Inclusiva (Reprodução, Instagram)

Criada em Mato Grosso do Sul pelos estilistas e idealizadores do Projeto Bocaiuva, Luane Sales e Eduardo Alves, a Semana de Moda Inclusiva já vai para a segunda edição. O evento é pioneiro no mundo em ter como tema central a inclusão e acessibilidade na moda.


A primeira edição da Semana de Moda Inclusiva foi realizada em 2024, em Campo Grande. Com desfile, workshops e palestras, o evento reuniu profissionais, aspirantes e estudantes da área de moda. Neste ano, a semana de moda acontecerá nos dias 20 e 21 de setembro, com muitas novidades.


Segundo Eduardo Alves, a segunda edição conta com espaço ampliado, o que permitirá mais expositores no evento. Além disso, a programação inclui o ‘Prêmio Bocaiuva’, que irá eleger os melhores looks inclusivos. O concurso aceitará inscrições de todo o Brasil e, até mesmo, do exterior.


“Este ano, a Semana de Moda Inclusiva vai contar com o dobro de espaço. Consequentemente, a gente vai ter mais espaço para a exposição. Tem também o Prêmio Bocaiuva, que está se tornando internacional, e nós estamos com expectativa de que tenhamos inscrições fora do Brasil também. Além disso, estamos tentando expandir nosso leque de parceiros e tentando aumentar a abrangência do evento”, explica.



Spoilers‘ da programação deste ano


Entre as atividades programadas, destaca-se o workshop com Sol Terena, indígena da aldeia Tereré — localizada em Sidrolândia. A artista plástica terena vai ministrar uma oficina para os alunos da Associação Juliano Varela, escola de educação especial de Campo Grande.


“A Sol Terena é artista plástica indígena, ativista e tem deficiência. Então, ela trabalha com ativismo a partir de sua arte, demonstrando que existem indígenas com deficiência. Ela faz um trabalho muito legal, através das pinturas corporais e em objetos, trabalhando com pigmentos naturais”, ressalta o estilista.


Para agregar ainda mais à parte educativa do evento, os organizadores tentam negociar a vinda de estilistas de renome nacional. A participação destes profissionais é importante para que haja uma troca de experiência com quem faz moda e design aqui no estado.


“Os profissionais que vêm de fora do Estado vão ensinar suas técnicas, os métodos de trabalho que utilizam, e isso acrescenta para que a gente tenha mais profissionais capacitados e que possam atender com qualidade o público sul-mato-grossense”, ressalta Eduardo Alves.



Evento inédito no mundo é motivo de orgulho para MS


Idealizada pelos estilistas de Mato Grosso do Sul, ainda na primeira edição da Semana de Moda Inclusiva, Luane e Eduardo acreditavam que a Semana era a pioneira somente no Brasil. Mais tarde, com acesso a dados sobre o assunto, descobriram que se tratava do primeiro evento de setor voltado exclusivamente para a moda inclusiva.


“É motivo de muito orgulho a gente saber que um evento que tem um papel muito importante na questão social, de acessibilidade dentro da sociedade, foi criado aqui em Mato Grosso do Sul. A princípio, a gente acreditava que era a primeira semana inclusiva do Brasil, e depois a gente descobriu que era a primeira Semana de Moda Inclusiva do mundo. Então, isso é muito gratificante”, conta Eduardo. 


O estilista acredita que o evento tem muito a contribuir no cenário da moda sul-mato-grossense e na cultura do Estado, ao passo que traz a pessoa com deficiência para o protagonismo. “Eu acho que ela vem para difundir esse conceito e mostrar que as pessoas com deficiência estão aí, que elas precisam ser vistas, precisam ser enxergadas pelas marcas”, afirma.



Educar estilistas e trazer à cena pessoas com deficiência


Luane Sales conta ao Jornal Midiamax que, em determinado momento de sua carreira, esteve desencantada com a moda. Mas uma experiência em particular mudou o seu olhar para o ramo e trouxe de volta a paixão pela profissão.


“Em uma oportunidade que a gente teve, que eu estava mexendo em algum [curso] técnico, vi uma pessoa chorando porque descobriu que existia uma roupa para o filho dela. Foi aquele momento que eu descobri o que eu queria para minha vida: a moda com propósito, moda que não só emociona, mas que muda vidas. Poder participar, fazer parte disso, é algo que traz propósito para minha vida”, relembra.


Assim, segundo ela, a Semana de Moda Inclusiva tem o objetivo de educar os estilistas para fabricarem designs de roupas que não sejam apenas bonitas, mas que sejam funcionais. Dessa forma, as peças promovem mais independência para pessoas com deficiência na hora de se vestirem e se mostrarem para o mundo.


“É muito importante ressaltar que a moda inclusiva não é uma causa, é um mercado, um nicho cheio de consumidores com dinheiro para comprar, e as marcas ainda ignoram isso. Então, é necessário que elas mudem o pensamento com relação a isso. Para fazer uma peça adaptada, não precisa mudar o design“, explica.



Prêmio Bocaiuva


O Prêmio Bocaiuva, da Semana de Moda Inclusiva, vai selecionar os melhores looks inclusivos e premiá-los. As inscrições já estão abertas e qualquer pessoa pode se inscrever, desde estudantes de moda, iniciantes na costuras e até profissionais com bastante experiência.


Serão aceitos até três looks por participante. As regras completas do concurso estão disponíveis na bio do Instagram do Bocaiuva Moda Inclusiva ou clicando aqui.


Os prêmios estão sendo divulgados aos poucos, à medida que as parcerias são fechadas. Contudo, já está confirmada uma máquina de costura da marca Siruba para os três primeiros colocados.



Acesse o Instagram do evento Bocaiuva Moda Inclusiva e fique por dentro: https://www.instagram.com/bocaiuvamodainclusiva?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igsh=ZDNlZDc0MzIxNw==

 
 
 

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