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Fotógrafo com deficiência visual abre mostra em SP

  • 15 de jul.
  • 2 min de leitura

João Maia, que fotografou atletas durante os Jogos Paralímpicos de Paris, ganha exposição inédita na Unibes Cultural


Por: VEJA São Paulo


O atleta paralímpico Ariosvaldo Fernandes, em foto de João Maia: sensibilidade apurada (João Maia/Reprodução)
O atleta paralímpico Ariosvaldo Fernandes, em foto de João Maia: sensibilidade apurada (João Maia/Reprodução)

No dia 16 de julho, a Unibes Cultural recebe a exposição In.Visível - O Que Não Se Vê, Se Sente, que reúne imagens captadas durante os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, de atletas como Ariosvaldo Fernandes (foto). O autor é João Maia, fotógrafo com deficiência visual que foi reconhecido por seu trabalho à frente da fotografia sensorial. A mostra marca a primeira exibição pública da série produzida durante a cobertura oficial dos Jogos e propõe uma nova forma de perceber o esporte, os corpos e a narrativa paralímpica.


João Maia é fundador do projeto Fotografia Cega e uma das principais vozes da fotografia acessível no Brasil. Natural do Piauí e formado em História, foi o primeiro profissional com essa deficiência a cobrir uma Paralimpíada, no Rio de Janeiro (2016) e as edições de Tóquio (2020) e Paris (2024). O fotógrafo ministra workshops e palestras sobre fotografia e acessibilidade, participou de exposições no Brasil e no exterior. Nessa exposição, o público entra em contato com imagens construídas a partir da escuta, da memória e do movimento - uma forma única de traduzir a experiência paralímpica em linguagem visual.


A proposta da mostra vai além da representação. Ao colocar uma pessoa com deficiência no centro da criação, da autoria e da experiência artística, In.Visível afirma uma mudança de perspectiva sobre quem conta as histórias no esporte e na cultura. João Maia, a partir do trabalho desenvolvido, inspira ao mostrar que a representatividade também é ferramenta de transformação - na arte, na comunicação e na forma como percebemos o outro.


Com curadoria de Ciça Cordeiro, especialista em acessibilidade, diversidade e inclusão, a exposição conta com recursos de acessibilidade como vídeo em Libras e audiodescrição das obras, esta desenvolvida em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, garantindo acesso pleno a todos os públicos.


No dia 2 de agosto (sábado), às 15h, haverá uma visita guiada com o próprio João Maia, que conduzirá o público por sua exposição. Já no dia 9 de agosto (sábado), a programação inclui o bate-papo Em Foco: Protagonismo e Acessibilidade, encontro que vai reunir João, o fotógrafo convidado Wander Roberto, especialista em fotografia esportiva, e a atleta paralímpica Elizabeth Rodrigues Gomes, ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso em Paris. A mediação será feita pela curadora da exposição, Ciça Cordeiro. A proposta é refletir sobre o poder da imagem, o papel da arte no universo esportivo e, acima de tudo, evidenciar o protagonismo das pessoas com deficiência.



In.Visível – O Que Não Se Vê, Se Sente. Unibes Cultural, Rua Oscar Freire, 2.500, Sumaré. De quarta a dom., das 12h às 19h. Até 21/09. Gratuita (mas precisa retirar ingresso). unibescultural.org.br/in-visivel


 
 
 

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