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Inclusão para comunidade surda marca apresentações do Concurso de Quadrilhas Arranca Unha

  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura

Pela primeira vez, Intérpretes de Libras estiveram em todas as apresentações, garantindo acessibilidade e ampliando participação nos festejos juninos


Por: Governo do Estado de Sergipe


Pela primeira vez, Intérpretes de Libras estiveram em todas as apresentações / Foto: Julia Pereira/Funcap (reprodução)
Pela primeira vez, Intérpretes de Libras estiveram em todas as apresentações / Foto: Julia Pereira/Funcap (reprodução)

A segunda noite da etapa semifinal do Concurso de Quadrilhas Juninas Arranca Unha aconteceu neste domingo, 22, no Centro de Criatividade, e foi marcada por um avanço significativo em inclusão. Pela primeira vez, todas as apresentações contaram com intérpretes de Libras, garantindo acessibilidade e ampliando o acesso da comunidade surda à tradição das quadrilhas juninas. O evento é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).


A iniciativa é fruto de uma parceria com o Instituto Pedagógico de Apoio à Educação do Surdo de Sergipe (Ipaese), que há 25 anos desenvolve trabalho educacional e social no estado. No palco do Arranca Unha, cada quadrilha contou com um intérprete principal e dois intérpretes de espelhamento, permitindo que pessoas surdas e suas famílias acompanhassem de perto todo o espetáculo.


Para a auxiliar de coordenação do Ipaese, Jéssica Paz, a presença dos intérpretes representa um avanço fundamental. “As pessoas surdas também devem estar inseridas nessa cultura. Muitos surdos participam de quadrilha, e hoje, além dos grupos, as famílias estão reunidas aqui, além de pessoas surdas presentes. Cada noite temos uma equipe diferente, e estamos felizes em levar, pela primeira vez, a inclusão para o concurso das quadrilhas”, destacou.


A fotógrafa Angélica Lima, pessoa com deficiência auditiva, também reforçou a importância da iniciativa. “Eu sou deficiente auditiva e fico muito feliz em ver esse olhar para a inclusão. A quadrilha valoriza o artista sergipano, a cultura, a arte, e agora também abraça quem tem deficiência. Isso move a família, a comunidade, e aqui no Centro de Criatividade é onde tudo se encontra: o bairro, a tradição, a cultura e esse lindo espetáculo”, afirmou.


Para a intérprete da central do Ipaese, Vivian Souza, a presença dos intérpretes no evento responde a uma demanda antiga da comunidade surda. “Essa era uma solicitação recorrente. O direito ao intérprete de Libras precisa estar presente em todos os espaços. Não só na TV, nas campanhas políticas: mas na cultura, no entretenimento, nos festejos juninos. Isso traz o indivíduo surdo para dentro da sociedade. Para nós é muito gratificante ver esse reconhecimento”, comentou.


A inclusão também foi comemorada por Fabrícia Emanuelle, que acompanhou o concurso ao lado do filho Victor Eduardo, deficiente auditivo e aluno do Ipaese. “A gente frequenta todos os anos o concurso no Centro de Criatividade, e esse ano, pela primeira vez, tivemos intérpretes. Uma iniciativa maravilhosa. Parabenizo o Governo do Estado e espero que isso se repita sempre”, disse.


Resultado da noite


Três grupos avançaram para a grande final Pioneiros da Roça, em primeiro lugar; Unidos em Asa Branca, em segundo; e Xodó da Vila, em terceiro. Foram eliminadas da disputa as quadrilhas Encanto do Matuto, Meu Xodó e Cangaceiros da Boa.


Com isso, disputam o troféu de campeã do Arranca Unha 2025, na seguinte ordem de apresentação: Meu Sertão, Xodó da Vila, Século XX, Unidos em Asa Branca, Raio da Silibrina e Pioneiros da Roça. A grande final acontece nesta segunda-feira, 23, a partir das 20h, no Centro de Criatividade, com acesso gratuito e inclusivo.


 
 
 

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